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Carrapatos da espécie "Amblyomma cajennense"

A implementação de estratégias de controle dos carrapatos são necessárias.

Alerta a saúde pública!

O carrapato da espécie Amblyomma aureolatum é um vetor competente e capaz de transmitir a bactéria Rickettsia rickettsii.

Os carrapatos não são insetos.

Os carrapatos hospedam e transmitem diversos agentes patogênicos.

Medidas Preventivas devem ser tomadas!

Os microrganismos são transmitidos pela saliva dos carrapatos.

Não espremê-lo com as unhas.

Retirá-lo com calma, através de leves torções, com auxílio de uma pinça.

sábado, 2 de novembro de 2013

Febre Maculosa


Os únicos vetores conhecidos da Febre Maculosa Brasileira são os carrapatos do gênero Amblyomma, principalmente as espécies A. cajennense e A. aureolatum. Para ambas as espécies de carrapatos, a perpetuação da bactéria R. rickettsii é feita por transmissão transovariana e perpetuação transestagial, sendo que o carrapato é o único reservatório conhecido da bactéria na natureza. 



Os hospedeiros vertebrados dos carrapatos desempenham o importante papel de amplificadores horizontais da bactéria na população de carrapatos.

Uma vez que um carrapato infectado se alimenta em um animal suscetível, este desenvolve riquetsemia sistêmica e se torna fonte de infecção para os carrapatos livres da bactéria, que se alimentem neste animal durante este período.

Vizinhança Indesejável
O período de riquetsemia para os animais que participam como hospedeiros para os vetores da Febre Maculosa Brasileira é controverso. Poucos estudos foram realizados até agora e indicam que animais como capivaras e gambás podem desenvolver períodos riquetsêmicos pouco mais longos do que 10 dias.

Não existe uma fase contagiosa da doença. O carrapato é o único vetor conhecido e, quando infectado, alberga a bactéria durante toda sua vida.

Fêmea desovando 5.000 ovos.

O A. cajennense completa uma geração por ano, mostrando os três estágios parasitários marcadamente distribuídos ao longo deste período. As larvas ocorrem basicamente entre os meses de março e julho, as ninfas entre julho e novembro e os adultos entre novembro e março


Eles podem ser encontrados, em todas as fases, em aves domésticas (galinhas, perus), aves
silvestres (seriemas), mamíferos (cavalo, boi, carneiro, cabra, cão, porco, veado, capivara, cachorro do mato, coelho, cotia, quati, tatu, tamanduá) e animais de sangue frio (ofídios).                                                                                                                                                                                                                                                 

Profilaxia:

Medidas Preventivas Individuais

É sabido que, uma vez fixado ao hospedeiro, um carrapato infectado leva o mínimo de seis horas para transmitir a riquétsia. Sendo assim, quanto mais rápido uma pessoa retirar os carrapatos de seu corpo, menor será o risco de contrair a doença. 

Quando uma pessoa é atacada por poucos carrapatos, torna-se relativamente mais fácil e prático retirar todos estes carrapatos num curto espaço de tempo.

Por outro lado, quando uma pessoa é atacada por uma alta carga de carrapatos, dificilmente ela consegue retirar todos nas primeiras horas, passando alguns despercebidos por várias horas, ou até mesmo alguns dias. 


Diante de tais fatos, é obvio dizer que, quanto maior a população de carrapatos em uma área endêmica para Febre Maculosa, maior é o risco de se contrair a doença
Como não existem vacinas para serem utilizadas em humanos, como medidas profiláticas da Febre Maculosa, a medida preventiva mais eficaz é o controle das populações de carrapatos a níveis mínimos, reduzindo substancialmente os riscos de infestação humana.

Sintomas:

O período de incubação em humanos pode ser de 2 a 14 dias. A letalidade da doença, quando não tratada, é maior do que 80%. O cão quando infectado desenvolve uma forma branda da doença, que geralmente evolui para cura. O cavalo parece ser refratário, embora não haja estudos que mostrem este aspecto.

A doença tem um começo súbito, com febre de moderada a alta, que dura geralmente de 2 a 3 semanas e é acompanhada de cefaléia, calafrios e congestão das conjuntivas. Ao terceiro ou quarto dia, pode apresentar exantema maculopapular róseo, nas extremidades, em torno do punho tornozelo, de onde irradia para o troncofacepescoçopalmas e solas

São freqüentes petéquias e hemorragias. 

Sufusões hemorrágicas em paciente com
Maculosa Brasileira atendido no Hospital das Clínicas da
Universidade Estadual de Campinas.

A doença pode também cursar assintomática ou com sintomas frustros. Alguns casos evoluem gravemente, ocorrendo necrose nas áreas de sufusões hemorrágicas, em decorrência de vasculite generalizada. 

Alguns problemas como torpor, agitação psicomotora e sinais meníngeos são freqüentes. A face é congesta e infiltrada, com edema peripalpebral e infecção conjuntival. 

Necrose cutânea e gangrena de extremidade em
paciente com febre maculosa brasileira atendido no
Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas

O edema aparece também nas pernas, que se apresentam brilhantes. Outros sinto mas comuns são: tosse, hipotensão arterial e hipercitose liquórica e observa-se hepatoesplenomegalia pouco acentuada. A morte é pouco comum, quando se aplica o tratamento precocemente.

Edema pulmonar em paciente com febre
maculosa rasileira atendido no Hospital das Clínicas da
Universidade Estadual de Campinas.

Nos casos graves da doença há insuficiência renal aguda decorrente de necrose tubular aguda, com presença de oligúria e significativa elevação dos níveis de uréia e creatinina séricas. Icterícia e alterações de sistema nervoso central também pode estar presente e mantêm grande correlação com progressão para óbito                  

A avaliação de uma série de casos atendidos em hospital de referência da região de Campinas verificou que icterícia, alterações neurológicas (diminuição do nível de consciência, convulsões, coma)insuficiência respiratóriaalterações hemodinâmicas e insuficiência renal apresentaram associação estatisticamente significativa com o risco de evolução para óbito. 

No mesmo estudo, observou-se que a progressão para óbito ocorre com maior frequência em torno do sétimo dia após o início dos sintomas.

Diversos municípios do Estado de São Paulo já relataram a presença de Amblyomma cajennense e Amblyomma dubitatum, conforme o mapa.                                                                                                                            Distribuição dos municípios com investigação acarológica positiva para Amblyomma cajennense/Amblyomma dubitatum. Estado de São Paulo no período de 2003 a 2010.

Ao adentrar em áreas com vegetação e presença de animais, seguir as orientações abaixo:

    a) Usar macacão ou calça e camisa de mangas longas, de cor clara, com a parte inferior dentro das meias para facilitar a visualização de carrapatos. 

Pode ser utilizada fita adesiva prendendo a meia à calça ou ao macacão e com a parte colante para fora, para aderência e visualização de carrapatos.

Após a utilização, todas as peças de roupas devem ser colocadas em água fervente para a retirada dos carrapatos.


    b) Evitar caminharsentar ou deitar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos.

    c) Vistoriar o corpo minuciosamente, a cada 2 ou 3 horas. Prestar atenção na forma jovem do carrapato (micuim), que apresenta tamanho bastante reduzido e por isso, de difícil visualização.

    d) Tomar banho quente utilizando bucha vegetal.

    e) No caso de encontrar carrapato fixado à pele, observar:

    • Não espremê-lo com as unhas, para não se contaminar;
    • Não encostar objetos aquecidos (fósforo, cigarro) ou agulhas;
    • Retirá-lo com calma, através de leves torções, com auxílio de uma pinça.





A Organização Mundial de Saúde (1997) refere que repelentes para carrapatos não são comumente aplicados sobre a pele e sugere para prevenir ataques de carrapatos e, para proteção mais duradoura, a impregnação de roupas com PERMETHRIN a 0,65-1g de ingrediente ativo/m2 como o melhor produto, mas DEET e BUTOPYRONOXYL como sendo também efetivos. No Brasil, não se tem conhecimento sobre a eficácia da utilização de repelentes para carrapatos.



Fonte: http://www.saude.sp.gov.br/sucen-superintendencia-de-controle-de-endemias/programas/febre-maculosa/vetores













domingo, 13 de outubro de 2013

Hábitos dos Carrapatos

Os carrapatos não são insetos. São artrópodes pertencentes à classe Arachinida, como as aranhas e escorpiões.

Os carrapatos ocorrem em quase todos os continentes. São ectoparasitos (parasitas externos) de vertebrados (mamíferos, répteis, aves e anfíbios), ocorrendo em animais silvestres, domésticos e mesmo o homem, alimentando-se do sangue (hematófagos).

Existem 2 fases de vida: fase de parasitismo (no hospedeiro) e fase de vida livre (solo, tocas, buracos, ninhos e vegetação)


Ciclo de vida

Os carrapatos possuem ciclo de vida que inclui as fases de: ovo - larva - ninfa e adulto.
Após ingerir sangue de um hospedeiro, a fêmea se desprende do mesmo e deposita milhares de ovos, geralmente no ambiente, morrendo em seguida.

Em condições satisfatórias de temperatura e umidade, ocorre a incubação (entre 30 a 40 dias, aproximadamente) e, após este período, as larvas eclodem.

As larvas oportunamente fixam-se em um hospedeiro (normalmente de pequeno porte), realizam repasto sangüíneo, desprendem-se deste, caem no ambiente e após 10 dias, em média, realizam a ecdise (muda) para o estágio de ninfa.

Após cerca de 3 semanas, as ninfas já estão prontas para alimentação em hospedeiro de pequeno porte.

Quando alimentadas, estas ninfas caem no solo e realizam ecdise transformando-se em adultos.

Em um hospedeiro (normalmente de grande porte), macho e fêmea adultos acasalam e a fêmea alimenta-se de sangue, iniciando um novo ciclo.



Agravos à Saúde

Os carrapatos hospedam e transmitem diversos agentes patogênicos (vírus, bactérias, riquétsias e protozoários) ao homem (hospedeiro acidental) e aos animais.

Os microrganismos são transmitidos através da saliva dos carrapatos, que é injetada no local da picada, e que por sua vez apresenta toxinas, substâncias anestésicas e anticoagulantes.

Entre as doenças transmitidas ao homem, podemos citar: febre maculosa brasileira e borreliose de Lyme.

Existem outras doenças transmitidas por carrapatos, que só atingem animais.

Medidas preventivas

Aparar e cortar a vegetação rasteira, utilizando roupas de mangas longas, botas, calça comprida com a parte inferior dentro das botas. As roupas devem ser claras para facilitar a visualização dos carrapatos;

Vistoriar o corpo após frequentar áreas de mata ou conhecidamente infestadas por carrapatos;

Evitar caminhar ou frequentar áreas infestadas por carrapatos;

Remover o lixo ou restos alimentares expostos, a fim de evitar que estes sirvam de alimento para animais;

Os animais devem ser vistoriados semanalmente e, quando apresentarem carrapatos, devem ser tratados com indicação de médico veterinário e mantidos em local restrito;


Quando for retirar carrapatos, não se deve utilizar fósforo acesso ou outros objetos aquecidos, bem como produtos químicos. 

Deve-se girar levemente o corpo do carrapato até que se desprenda. Não puxar ou pressionar o carrapato.



Fonte: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/controle_de_zoonoses/animais_sinantropicos/index.php?p=4499